Opinião

Escolher [pensar] a profissão!

15/06/2023

“Que faculdade você vai fazer?” essa talvez deva ser a pergunta que os jovens, em idade escolar, mais ouvem, perdendo apenas para “cadê as namoradinhas?”. Escolher a profissão e planejar a carreira é uma tarefa complexa e que, muitas vezes, gera angústia.


Sair do Ensino Médio é a meta dos jovens. Mas e o que fazer depois? Muitos deixam para planejar essa etapa da vida nos ditos “45 minutos do segundo tempo”. A pressão dos pais pelo ingresso no Ensino Superior, a pressão da escola por resultados “instagramáveis”, a vasta oferta de cursos e o pouco conhecimento sobre si fazem dessa equação algo pouco natural, com chances de erro e, algumas vezes, repleta de sofrimento.


Muito mais do que escolher, é preciso pensar a profissão! O investimento no início de carreira é alto. Paga-se a faculdade, a pós-graduação, os cursos extras, escola de idioma, participação em eventos e muito mais. Mas para que tudo isso quando uma boa parcela da juventude está alicerçada na frase da Alice, aquela que viveu no país das maravilhas, que diz: “para quem não sabe para onde ir, qualquer lugar basta”. E assim vão vivendo com perfeição a música do Zeca Pagodinho que diz “deixa a vida me levar”.


Por onde começar? Primeiro, aproveitando as oportunidades. Hoje, quase todas as escolas, oferecem a disciplina de Projeto de Vida, um espaço fecundo para essas reflexões e projeções. Outra boa oportunidade vem das faculdades. A maioria oferece possibilidades para que os jovens assistam aulas testes, conheçam o centro universitário e até agendem conversas com professores.


Isso tudo para que a escolha seja a mais segura e assertiva. Para que a escolha não termine nela mesma e não seja desprovida do exercício de pensar.


Na Psicologia existe uma área que se chama “Orientação Profissão e de Carreira” que tem como objetivo oferecer esse suporte a quem está dando os primeiros passos na carreira profissional. Não são só testes. Há uma série de inventários e técnicas que visam fazer com o jovem trabalhe o autoconhecimento, o conhecimento da realidade profissional e apoio na tomada de decisão.


Com essas informações, qualquer decisão será mais segura e saudável. Acima de tudo, a decisão será pensada!

Autor (a):
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Paulo Sereguetti

Supervisor de Comunicação e Marketing da Toledo Prudente Centro Universitário e discente no curso de Psicologia.